segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

OS LÁBIOS no Teatro-Cinema de Fafe a 10 de Março

Sábado, 21h30
Preço: 5 €
Duração: 75’
Classificação: M/4

A programação de Março do Teatro-Cinema de Fafe é basicamente preenchida pelos espectáculos incluídos nas III Jornadas Literárias de Fafe.
No entanto, há ainda espaço para um espectáculo singular de uma jovem banda portuguesa, que está a dar cartas na música, OS LÁBIOS.
A banda vem ao Teatro-Cinema no sábado, 10 de março, para um espectáculo que terá por base o seu álbum de estreia.

Das canções em inglês para as letras maioritariamente em português, do preto e branco, talvez sépia, de Tarantino para a garridice colorida de Almodovar... mas com a música a soar, ainda e sempre, a uma pop vívida com ganchos no rock'n'roll, na bossa-nova ou até nos blues.
Foi este o caminho que partiu dos Profilers para agora chegar a' OS LÁBIOS.
Em 2011 OS LÁBIOS editam o seu álbum de estreia, com produção de Miguel Ângelo (ex-Delfins), que também canta em dueto com San, a carismática vocalista d' OS LÁBIOS, no tema “Rádio Ligado”.
Outro convidado especial é Sean Riley, que empresta a sua voz a “Bye Bye”.
O álbum, “Morde-me a Alma”, inclui dez composições originais da banda, maioritariamente interpretadas em português, mas ainda com temas cantados em inglês e em francês.
A banda teve uma agenda muito preenchida no Verão que se seguiu, incluindo a Queima das Fitas do Porto, o Festival Expolima e as Festas da Praia, nos Açores.
Deve-se mesmo é assistir aos concertos d' OS LÁBIOS, espectáculos de elevada eficácia e desenvoltura, onde a pop de sabor 80's – mas não só! – encontra o seu espaço natural.

Um espectáculo a não perder para o jovem público fafense!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Áurea ao vivo no Teatro-Cinema de Fafe: as fotos!

Sábado foi noite de magistral actuação ao vivo da jovem artista Áurea, num Teatro-Cinema de Fafe completamente lotado (há três semanas). As canções são do seu primeiro (e até agora único) álbum homónimo, que a catapultou para a fama e para os prémios, nacionais e internacionais.
Loiríssima, voz vibrante, descalça, como é já imagem de marca, para fazer sobressair as tatuagens das pernas, acompanhada por cinco excelentes músicos, protagonizou um brilhante “concerto íntimo” para os espectadores presentes, agradecendo publicamente o magnífico acolhimento que teve na nossa terra!
Os fafenses são, de facto, imensamente hospitaleiros!
Aqui ficam as belíssimas imagens do fotógrafo Manuel Meira Correia, colaborador deste blogue.











Áurea: estupendo concerto e interessante conversa

Áurea, 24 anos, encantou o Teatro-Cinema de Fafe este sábado à noite, num brilhante concerto, em que debitou toda a sua virtuosidade vocal e fez gala da sua graciosidade corporal, como veremos em outro post.
Na tarde de sexta-feira, Áurea conversou com mais de meia centena de jovens (e menos jovens), no Salão Nobre do Teatro-Cinema e passou em revista alguns aspectos da sua vida e da sua carreira.
O nome Áurea é mesmo o seu nome de baptismo, do qual não gostava na infância, tendo pedido aos pais para lho mudar no registo. Depois, foi-se habituando e hoje é o seu “nome de guerra”.
Na infância, ouviu muito fado, de que gosta muito e que canta em reuniões familiares e na roda de amigos. É fã de Mariza, Ana Moura, Amália e tantos outros nomes sonantes do fado, que não é apenas o “choradinho nacional” mas integra outros temas. Disse aos mais jovens que deveriam assistir a espectáculos de fado, porque haveriam de gostar.


Em criança (nasceu em Santiago do Cacém, em 7 de Setembro de 1987 e viveu durante anos em Silves, no Algarve, onde frequentou a escola e ia à praia no Verão em Armação de Pêra), “queria fazer nascer bebés” mas enveredaria pelos estudos teatrais, na Universidade de Évora, que não concluiria, para ser actriz.
O colega Rui Ribeiro ficou encantado com a sua voz e incentivou-a a ir em frente. A enveredar pela música. E antes de chegar ao soul, que a caracteriza, tentou outros géneros musicais, do fado ao reggae.
Fixou-se na soul music e arrancou para a fama com o single Busy (for me), do seu álbum de estreia, Áurea, em Setembro de 2010, que atingiu o primeiro lugar da tabela de vendas em Portugal, pelo qual recebeu o Globo de Ouro de "Melhor Intérprete Individual”, tendo igualmente ganho o prémio MTV Europe Music Awards, na categoria "Best Portuguese Act", em Outubro passado.
Uma rápida ascensão, mas que resulta de muito trabalho a gravar maquetas e a escolher o estilo musical que melhor se coaduna com a sua voz!




Áurea confessou que fica nervosa antes de entrar em palco, como se fora sempre a primeira vez. Quando começa a cantar, o nervoso esvai-se.
Aos jovens deixou alguns conselhos. Um deles tem a ver com o consumo de drogas ou de álcool (a propósito das mortes de Amy Winehouse e de Witney Houston): não experimentem, porque não vale a pena!
Depois, falou das tatuagens e dos piercings.
É público que a cantora tem três tatuagens, uma na perna, uma no pescoço e sete estrelas na mão porque sempre teve uma ligação especial com número sete, e dois piercings, um no nariz e outro no umbigo.
Aos jovens deixou o parecer: façam uma tatuagem se fizer sentido, não porque seja moda ou os amigos já tenham.
Áurea gostaria de fazer um dueto (impossível) com James Brown e de vir a compor as suas canções, o que actualmente não acontece, mas poderá vir a suceder um dia.
Não sabe tocar nenhum instrumento musical, mas gostaria de aprender piano ou guitarra.
O seu trabalho está a internacionalizar-se, o que a deixa muito satisfeita.
Ao longo de mais de uma hora, Áurea espalhou simpatia, convicções, conselhos e um grande à vontade, ela que se considera tímida. Não parece. Não é, de certeza, como se viu no espectáculo de sábado!
Fotos de Manuel Meira Correia. Como sempre!


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Zeca Afonso, sempre!

Hoje foi dia do Zeca Afonso! Dia de Portugal!
As rádios, as televisões, os jornais, falaram do regresso ao presente do fantástico cantautor que enobrece e estrutura a cultura portuguesa contemporânea.
E do qual temos imensas saudades (e não são de crocodilo...), 25 anos passados sobre a sua morte física (23 de Fevereiro de 1987).
Zeca Afonso foi ele próprio e o seu país, o seu povo, inteiro e luminoso.
Foi o passado, o seu presente e o nosso futuro!
Que imenso português de todos os tempos!...
Os vampiros que apontou, clamorosamente, em versos mordazes e cantar sibilino, estão por aí, cada vez mais gordos, poderosos e troiquistas!
A exploração do povo mantém-se, os meninos dos bairros negros da fome recrudescem, cada vez mais revigorados. A corrupção, a mentira, a hipocrisia, a opressão, as injustiças, as desigualdades não apenas vigoram tenazmente, como se avolumam a cada dia que passa.
Por isso, a voz denunciadora e livre de Zeca Afonso continua plenamente actual, como se fora de hoje e para os dias vindouros.
Só morre quem não anuncia o futuro!
A lição do Zeca consubstancia-se nos hinos da liberdade, da insubmissão, do inconformismo. Belíssima lição para a sociedade dos dias de hoje, apática, acomodada, conformista, submissa. Dominada pelo medo, pela fantasia, pela mediocridade, pela inacção.
Pela ausência de grandeza, de maioridade cívica!
Por isso, ouvir Zeca Afonso, passados todos estes anos, dá-nos a medida da sua verticalidade em favor de um Portugal mais livre, mais justo, mais solidário, maior!
Que saudades desse Portugal a haver!...

III Jornadas Literárias de Fafe vão movimentar milhares de pessoas durante duas semanas


A terceira edição das Jornadas Literárias de Fafe, que se desenrola na cidade entre os dias 9 e 24 de março p. f., vai movimentar milhares de pessoas ao longo de duas semanas, num vasto conjunto de iniciativas que foram dadas a conhecer em conferência de imprensa.
A iniciativa resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Fafe e todas as escolas e agrupamentos do concelho, dos vários graus de ensino, além do movimento associativo e da grande maioria das juntas de freguesia.
Desde a primeira edição, em 2012, que se vem alargando o espaço temporal da sua realização, bem como o leque das entidades colaboradoras e protagonistas de vários dos eventos.
Aliás, a organização, através do vice-presidente da autarquia, Antero Barbosa, orgulha-se de acentuar a conjugação de esforços de tanta gente e de tantas escolas e instituições do concelho.
As III Jornadas Literárias de Fafe são um hino de louvor à cultura fafense, intimamente ligada a um todo nacional. Município, Escolas, Juntas de Freguesia, associações, instituições e pessoas em particular dão as mãos e, mediante as suas disponibilidades e capacidades, erguem as suas vontades em torno de uma causa maior, a de animar culturalmente a cidade e o território municipal.
As edições anteriores “surpreenderam o concelho e o país e as Jornadas deste ano serão a perder de vista“, reafirmou, por seu turno, o Vereador da Cultura, Pompeu Martins, que enalteceu o princípio da “cultura participada” que seguramente se vai verificar, numa mescla de cultura clássica, contemporânea e local.
As III Jornadas Literárias têm como tema envolvente “As palavras e o tempo” e como subtema a epígrafe “Fafe dos brasileiros”.
A intenção subjacente ao evento é a da afirmação da marca “Fafe dos brasileiros,dos pontos de vista cultural, patrimonial, turístico e até económico.
As Jornadas incluem também uma vertente importante nas freguesias, onde serão recriados personagens e momentos da história local, da segunda metade do século XIX aos primeiros anos do século seguinte. Os eventos a realizar nas freguesias arrancam já este fim de semana, com atividades em Aboim e Estorãos.
O início oficial do evento acontece em 9 de março, no Pavilhão Multiusos, com um grande espetáculo de música, dança, canto e poesia, em torno da cultura brasileira e com o título “A Volta das Caravelas” e que junta a comunidade escolar concelhia.
A primeira semana das Jornadas, centra-se em atividades voltadas para a comunidade envolvente, incluindo o lançamento de obras literárias
Na noite de 15 de março, será a vez de um musical religioso, na Igreja Nova de S. José, intitulado «Homem de Palavra[s] - dito | escrito | feito»,com organização da Kairos Produções Culturais.
Na noite do dia seguinte, o Teatro-Cinema de Fafe acolhe o evento “Com Fafe ninguém Fanfe”, uma recriação epocal, momento único em que Dom Fafe, personagem alegórica, recebe um conjunto de individualidades marcantes de todo um período áureo para a cidade: Fafe dos Brasileiros.
Na noite de 17 de março, realiza-se uma opereta com o título "Gata Borralheira"/Baile de época, recriação do espetáculo musical "Gata Borralheira" levada à cena, no dia 28 de Novembro, do ano lectivo 1965-1966, no salão dos Bombeiros Voluntários de Fafe, na festa de Natal da Escola Industrial e Comercial de Fafe, pelos seus alunos, e que tem organização da Associação dos Antigos Professores Funcionários e Alunos daquele extinto estabelecimento de ensino. Segue-se uma “noite brasileira», organizada pela Associação de Estudantes da Escola Secundária, nos bares da cidade.

Recriação da vinda do Rei D. Carlos, em 18 de março

Momento alto das Jornadas acontecerá na tarde de domingo, 18 de março, com a recriação de vinda do Rei D. Carlos a Fafe (a qual aconteceu em 1906 e 1907). Será a maior manifestação de cultura popular e de participação das freguesias. Milhares de pessoas estarão neste evento
Depois da receção festiva ao rei D. Carlos I, na Praça 25 de Abril, segue-se uma grandiosa mostra etnográfica,associada a um permanente evento cultural promovido pelas Freguesias, instituições e associações. O desfile percorrerá a rota dos brasileiros, devidamente engalanada, e passará em frente ao palanque real, onde estarão o rei e as figuras ilustres fafenses de outras eras, devidamente recriadas.
A segunda semana das Jornadas, estará mais voltada para o público escolar, com atividades nas próprias escolas em torno de autores escolhidos, espetáculos de teatro e outras realizações.
Destaque merece o Dia Mundial da Poesia, em 21 de março, com poesia na rua, lançamento de uma coletânea de textos de estudantes e um grande espetáculo no Teatro-Cinema, com o título “Uma aventura no jardim mágico da poesia…”.
No dia 22, o Pavilhão Multiusos será palco de atividades de todas as escolas, com oficinas, encenações, música, poesia, exposições e documentários, além de uma feira do livro ao longo do dia.
Já na reta final do evento, na noite de 23 de março, de destacar o espetáculo Acordas & Danças, recriação de um baile renascentista, pela Escola Bailado de Fafe e Academia de Música José Atalaya.
Na noite de 24 de março, tem lugar o espetáculo de encerramento das Jornadas, sob a epígrafe «As palavras e o tempo» e que inclui a execução da obra “Alma, Cantata Op. 23 (2008)”, interpretada pela  Orquestra e Coro da Academia de Música José Atalaya. Alma é uma obra centrada num original de Manuel Alegre. O título estabelece uma ligação ao poeta, sendo homónima de um dos seus romances relacionado com a sua terra natal, Águeda.
As III Jornadas englobam ainda uma ação de formação (9 e 24 de março e 21 de abril) para professores e outros interessados, “da inspiração à criação: Fafe e o Minho na história, literatura e arquitetura” (conferências, debates, momentos culturais, tertúlias e encenações), bem como a inauguração do percurso pedestre “Os Caminhos de Camilo”.

Está já disponível o programa e toda a informação na página eletrónica http://www.jornadasliteráriasdefafe.com/.

Seguem-se mais fotos da autoria de Manuel Meira Correia, que dão a dimensão da variedade de pessoas que estiveram na apresentação das Jornadas: desde professores a diretores de instituições culturais, membros e presidentes das juntas de freguesa, escritores, artistas plásticos e outros presentes, de uma forma ou de outra ligados ao acontecimento, que vai revolucionar esta cidade, sem dúvida!






 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Neste dia de Carnaval, o lugar para as crianças


Foi no sábado passado que a cidade de Fafe assistiu a mais um excelente cortejo das escolas do ensino básico, jardins de infância e instituições do concelho, organizada pela autarquia, como é hábito.
Foram mais de 1 600 crianças, representando mais de duas dezenas de instituições que deram largas à imaginação e desfilaram pela cidade toda a sua alegria e grande folia.
O Jardim de Infância Montelongo salientou-se claramente, ao prestar mais uma homenagem a uma instituição local, neste caso, a Associação Desportiva de Fafe (como, em anos anteriores, já havia feito a organismos e valores locais como os Bombeiros Voluntários, Cruz Vermelha Portuguesa, Banda Faz de Conta, INEM, Parque Eólico e varredores, entre outros).
Mas outras escolas versaram temas interessantes, como o Centro Infantil de Golães, que recriou a vida dos pescadores e das peixeiras, ou a Associação Cultural e Recreativa der Travassós que trouxe a Fafe os lindos espantalhos, que em outros tempos afugentavam as aves dos campos de milho semeados de fresco.
Os strumpfs, os chineses, os dálmatas, os pinóquios e tantos outros motivos que deram brilho, colorido e fantasia à tarde de sábado no centro da cidade, animada assim ao longo de mais de uma hora, como há muito não se via.
De parabéns estão os muitos participantes e naturalmente a organização!
Reportagem fotográfica de Manuel Meira Correia!